quarta-feira, 29 de março de 2017

APOIO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR GRUPO DE PAIS

         
        GRUPO DE PAIS

   Os pais dos alunos Berçario 2 e maternal 1 , foram convidados a participarem de uma reunião com a fonoaudiólogo Leila e a professora Sonia venerozo, onde o temo foi as fases da linguagem, mordidas em sala de aula, uso da chupeta e retirada da fralda.
   Agradecemos a todos que se dispuseram a participarem desse encontro, lembramos ainda a importância da participação dos pais nos eventos da escola .
  A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.














                         TRABALHANDO AS FASES DA LINGUAGEM


                                      1 a 2 anos



     Os primeiros sons estarão entre os fonemas “p”, “b”, “t”, “d”, “k”, “g”, “m” e “n” pela sua simplicidade de articulação, comparados com os demais do português. As crianças formarão pequenas sílabas e essas, acrescidas de repetição, formarão as “palavrinhas”. Por exemplo, mamãe passa de “mã” a “mãmã”. E, assim, forma-se um vocabulário infantil de consenso coletivo: “papá”, “vóvó”, “nenê”, “cocó”, entre outras. Também, ao longo desse período, deverão adquirir todas as vogais. Até completar dois anos, acrescentarão os fonemas “nh”, “f”, “v”, “s” e “z”. E começarão a juntar sílabas diferentes para formar pequenas palavras. Depois, formarão frases com duas ou três palavras.










                                                   2 e 3 anos
    Ocorre o grande avanço da linguagem. A criança aprenderá mais alguns fonemas (“ch”, “j”, “ti”, “di” e “l”), suas palavras terão menos trocas e omissões e ela começará a estruturar frases mais complexas. Fará pequenos relatos e travará bons diálogos, surgindo com novas palavras diariamente.























              3 e 4 anos

     As frases ficam mais completas, com quase todos os elementos, porém, ainda com falhas nas flexões verbais (por exemplo, “eu comi”, “eu cai”, “eu di”, em vez de “eu dei”). Quanto à aquisição fonêmica, começa a utilizar “lh”, “r” e “rr” em algumas palavras, não em todas.






               4 e 5 anos
      Finalização da aquisição fonêmica. Até por volta dos cinco anos, a criança falará as palavras no padrão do adulto. Últimas aquisições: “r” e “l” ao lado de outra consoante, tal como, “preto”, “branco”, “clube”, “planta”.




Dicas para pais e educadores
— A estimulação pode ser diferente em cada etapa. Atitudes simples, como narrar o que está fazendo ou o que irá fazer, ler histórias, ouvir e cantar músicas e brincar com a criança, são formas de apresentar o mundo, formar laços afetivos saudáveis e confiáveis, a fim de que o aprendizado da língua se dê em um ambiente estimulante, seguro e prazeroso.
— A leitura é um estímulo excelente, que deve começar desde bebê. À medida que a criança vai aumentando sua capacidade de se concentrar numa mesma atividade, seu aproveitamento será maior. Lembre-se de que as histórias infantis permitem a ampliação do vocabulário, aguçam suas curiosidades e a interpretação das falas dos personagens com inflexões vocais marcantes e favorecem estímulos num ambiente recheado de fantasia.
— A música aprimora a acuidade auditiva e exige acompanhar determinado ritmo, ou seja, exercita dimensões de tempo e do espaço no ambiente da linguagem. Além disso, pode ampliar o vocabulário e favorecer a aquisição dos fonemas.
— O adulto é quem deve dar o modelo correto das palavras e não o inverso – como passar a falar como a criança porque acha bonito. Utilizar um vocabulário infantilizado ou cheio de palavras no diminutivo (terminar tudo com “inho” e “inha”) pode atrapalhar o desenvolvimento.
— Uma coisa é dar o modelo correto, outra é corrigir e exigir que se fale certo. No segundo caso, deve-se ter segurança se a criança já adquiriu o fonema que está sendo omitido ou substituído na palavra. Afinal, exigir que ela faça algo a que não está habilitada pode gerar frustração e fuga da comunicação oral, em vez de estimular.
Fonte: fonoaudiólogo especialista em linguagem e doutor em pediatria Márcio Pezzini França, professor da UFRGS

segunda-feira, 6 de março de 2017

ROTINA NA ESCOLA



   Entendemos as atividades de rotina como aquelas que devem ser realizadas diariamente. Isso não significa que devemos transformar o dia-a-dia escolar em uma planilha com atividades rígidas e inflexíveis, mas sim adequar as atividades diárias ao ritmo da escola, das crianças e do professor. Portanto, a rotina pode e deve sofrer modificações e inovações quantas vezes forem necessárias durante o ano letivo.

  A rotina é compreendida como uma categoria pedagógica da Educação Infantil que opera como uma estrutura básica organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da rotina todas as atividades recorrentes ou reiterativas na vida cotidiana coletiva, mas nem por isso precisam ser repetitivas.

    Dessa forma, podemos dizer que a rotina é uma prática com diferentes ações que ocorrem em nosso cotidiano. Ela possibilita que a criança oriente-se na relação espaço/tempo, reconhecendo seu andamento, dando sugestões e propondo mudanças. Levando em consideração as necessidades da criança, é fundamental que dentre os elementos que compõem a rotina façam parte os horários de alimentação, higiene, escovação de dentes,calendário, chamada, roda de música, oração, momento da novidade, ajudante do dia, hora do conto, atividades lúdicas e significativas, jogos diversificados como faz-de-conta, exploração de diversos materiais, ou seja, atividades que estimulem o desenvolvimento da criança.

   As diferentes atividades que compõem a rotina na Educação Infantil possuem suas finalidades e formas de organização. A seguir abordaremos algumas delas:


Hora da Roda: é um dos momentos mais importantes, pois ao receber as crianças o professor proporciona segurança após a chegada, conversando com as crianças sobre as atividades que serão realizadas naquele dia, estimulando-as a contarem as suas vivências, trabalhando o calendário, a chamada e escolhendo o ajudante do dia.









 Hora das Atividades: é o momento em que é proposto para toda sala o conteúdo preparado pelo professor. Essas atividades podem ser realizadas de forma coletiva ou individual, podendo ser desenvolvidas em diferentes locais, dentro e fora da sala de aula.







































 Hora do Lanche: momento essencial para desenvolvimento saudável da criança, além de fazer parte do processo educativo. Durante as refeições, a criança tem a oportunidade de relacionar-se com o outro, adquirir muitos conhecimentos e ao mesmo tempo desenvolver sua autonomia. Comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. Por isso, a hora do lanche deve ser proporcionada com prazer e alegria, buscando partilhar e trocar informações entre colegas, aprender a preparar e cuidar do alimento com independência, bem como, aprender a ter boas maneiras durante as refeições. 


































Hora da Higiene: Essa é a hora utilizada pelo professor para trabalhar os hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isso, o professor deve realizá-la diariamente, visando ressaltar a necessidade de escovar os dentes após as refeições, lavar as mãos após utilizar o banheiro e antes das refeições, etc. 









 Hora da Brincadeira: A brincadeira é para a criança a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si, de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos. Na Educação Infantil, as brincadeiras devem fazer parte da rotina diária dessas instituições e devem ser utilizadas em diferentes momentos do dia. Trabalhar com o movimento e expressão corporal significa proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece. Para isso, o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar.

















 Hora das Atividades Extraclasse: O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem com os projetos desenvolvidos na turma, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da instituição, que não precisa ser confinado à área da escola. Assim, o professor pode programar passeios ao zoológico, cinema, teatro, hortas, circo, no bairro, na biblioteca, etc. Podemos perceber que existem inúmeras atividades que podem ser incluídas na rotina da Educação Infantil. Cada atividade e tempo deverão ser adequados a realidade das crianças e ao trabalho desenvolvido pelo professor. Desse modo, uma rotina que contemple o entrelaçamento das ações fundamentais que configuram a Educação Infantil necessita de uma consciência crítica do educador em compreender que a rotina é responsável pela organização e cumprimento das metas pré- estabelecidas no dia-a-dia escolar visando, principalmente, o desenvolvimento integral da criança. As instituições de ensino que não possuem uma rotina adequada dificultam o trabalho do professor, bem como, a adaptação e autonomia das crianças