terça-feira, 12 de maio de 2015

HTPC TEATRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

        


     HTPC é um horário de estudo em grupo  que temos a cada 15

 dias com temas voltado para praticas em sala de aula.

 
       Trabalhamos nesse dia com o teatro na educação infantil

 fazendo leitura e reflexões com o texto TEATRO E IMAGINAÇÃO NA 

EDUCAÇÃO INFANTIL e dinâmica com o grupo de professores.



     Para que as crianças possam viver experiência de “ser”, “ 

imaginar”, “criar”, é preciso que seus professores priorizem isto.

Um trabalho assim só pode se desenvolver se o professor for 

alguém profundamente interessado em compreender como as 

crianças pensam, o que elas dizem, o que fazem, como brincam e 

os temas surgem em seu repertório lúdico. 
                                             
    (Orientações, curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didáticas para educação infantil/SME-DOT, São Paulo, 2007. P.128)


















TEATRO E IMAGINAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Jogos teatrais permitem que as crianças aprendam e desenvolvam a linguagem corporal
         TRABALHO CORPORAL – simulando ambientes e ações, os pequenos ganham repertório e consciência sobre seus gestos.
         A capacidade de fazer de conta é uma das características mais relevantes da infância, pois está diretamente ligada ao desenvolvimento intelectual e físico dos pequenos.
          Quando imagina que é um policial à procura de um bandido, a criança elabora respostas às distinta situações que surgem e, ao pôr em prática seu personagem, estabelece movimentos que ampliam a consciência e a expressão corporal. Por isso, os jogos teatrais são uma ótima maneira de desenvolver a relação da criança com o próprio corpo, com o do outro e com o espaço. Eles são jogos de construção em que a consciência do “como se” é trabalhada de forma gradativa em direção à articulação da linguagem artística teatral. “No processo de construção dessa linguagem, a criança estabelece com seus pares uma relação de trabalho, combinando a imaginação dramática com a prática e a consciência na observação das regras”, explica Ingrid Dormien, que leciona Teatro Aplicado à educação na Universidade de São Paulo (USP) e é coordenadora de projetos da Escola de Educadores.

Descobrindo novas possibilidades corporais

          O jogo teatral gira em torno de três elementos: onde se passa a cena (cenário), quem faz parte dela(personagem) e qual ação se desenvolve(ação). O professor deve dividir a turma em grupos e propor que cada um decida o que apresentar à plateia - sem o uso de falas nem de objetos cênicos. Exemplo: se escolhem explorar o fundo do mar, as crianças têm de interagir com criaturas e plantas marinhas imaginárias, deixando claro os três elementos básicos.
         Ingrid diz que a intervenção docente pode e deve ocorrer durante a cena. “Se o professor perceber que os gestos não são muito claros, pode instruir os pequenos a repeti-lo em câmera lenta. Os jogos teatrais abrem possibilidades infinitas de trabalhar expressividade corporal” afirma. Durante a ação, deve-se atentar também o uso do espaço e de que forma se dá a interação.

Dando os primeiros passos na linguagem teatral

         O CORPO E A MENTE. As crianças precisam demonstrar onde está, quem são e o que estão fazendo sem falar nada.
         Depois que as crianças aprendem a construir de maneira coletiva esses elementos e os colocam em prática é que eles devem ser apresentados formalmente. Para enriquecer o repertório, é fundamental a apreciação de peças teatrais e uma reflexão sobre elas, assim como das cenas feitas em sala de aula.
         Cristina Aparecida Rastelli de Brito, professora de Educação Infantil na Creche Lar Jane Suzana, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, sabe o valor das rodas de conversa logo após a encenação. Na roda, ela lança perguntas para avaliar se a plateia conseguiu perceber onde se passa a ação, quem fazia parte dela e o que foi apresentado. Esses dados são úteis para verificar as dificuldades e os progressos feitos pelo grupo. “Se as crianças, por exemplo, acharam que o mar, ambiente em que o esquete (pequeno quadro teatral) se passou, era o espaço sideral, eu pergunto por que e, com base nisso , discutimos os movimentos que levaram a tais conclusões. Com isso, o grupo fica mais consciente de como suas opções comunicativas são interpretadas“, conta.
         Vale frisar que o propósito do trabalho com os jogos teatrais não é julgar o valor artístico das atuações. O que vale é perceber como cada um busca soluções diante dos desafios e expande suas possibilidades de comunicação via linguagem corporal. Com a prática e observando os colegas, todos aprendem a usar o corpo de forma mais consciente e criativa.
Fonte de pesquisa internet(novaescola@fvc.org.br)

A CONSTRUÇÃO DE PAPÉIS COMO CONTEÚDO DE TEATRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

          Você sabia que... no faz de conta a criança desempenha papéis, ou seja, torna presente um ser ausente? Sabia que essa capacidade articulada à outra, a de compartilhar o resultado a uma plateia, é um dos conteúdos mais importantes de um trabalho com o teatro na Educação Infantil?
          Quando a criança na brincadeira de faz de conta assume o papel de mãe, por exemplo, ela já está trabalhando com a linguagem teatral, logo, propor momentos em que este tipo de experiência seja enriquecida e aprofundada significa fomentar o trabalho com teatro na escola.
          É interessante também perceber que o fenômeno teatral só se completa com a presença de uma plateia e com a necessidade de quem está em cena de mostrar algo para alguém ( inclusive a palavra teatro vem do grego théatron e quer dizer” lugar de onde se vê). Portanto, as propostas que visam proporcionar as crianças momentos em que elas possam assumir papéis na presença de outras crianças devem  ser pensadas e planejadas pelos professores levando-se em conta que o trabalho com teatro não se refere apenas à atuação, mas também está relacionado à aprendizagem em ser plateia. Passa a ser um desafio articular esses dois objetivos: criação (atuação) e leitura (plateia).
         Para que haja esse desenvolvimento e interação do grupo é necessário um trabalho progressivo com experiências nas quais as crianças assumam papéis diante de outras crianças.


TRANSFORMAÇÃO DO CORPO – BRINCANDO DE SER O OUTRO

Descrição: Arrume o espaço para que fique convidativo ao jogo de estátua. Coloque uma música dançante, preferencialmente instrumental. Ao parar a música, mencione em voz alta qual o papel a ser desempenhado e proponha ao grupo que todos parem como estátua, mas com o corpo como se fosse aquele ser ou coisa( Ex: Parem como se fossem cachorrinhos). Está na desenvoltura do corpo e na pesquisa de gesto do adulto a semente inicial para o sucesso desta proposta: brinque, pesquise, faça no corpo animais, coisas da natureza(pedra, árvore, cachoeira) e seres malucos (E.T , fantasmas, etc).
Depois de algumas rodadas do jogo de estátua comece a  aprofundar as propostas, atribuindo qualidades inusitadas a cada papel sugerido ( Ex: cachorro apaixonado ); sugira papéis menos comuns ( Ex: um tomate apaixonado). Passe a deixar que as crianças durante o jogo proponham, elas mesmas, qual papel para a estátua. Progressivamente, crie momentos em que as crianças observem a criação das outras crianças.
Nesta proposta, a criação dos alunos num primeiro momento é enriquecida pelas sugestões inusitadas dos professores como: “estátua de um tomate apaixonado”, “uma banana amassada”, “um cachorro pequenininho e briguento”. Quanto mais se qualifica o papel, mais riqueza de detalhes irá ter a composição corporal da criança. O professor como parceiro deve observar as propostas e estimular a preocupação com o detalhe. Nesse sentido, são bem vindas instruções: “como é a perna do cachorro briguento?” “ olho de tomate apaixonado”?, “ a cara da banana amassada?”. Tentativa de comunicar corporalmente e se ater aos detalhes físicos dessa comunicação confere à atividade uma intencionalidade pedagógica ímpar, a de estimular a percepção sensível da parte na composição do todo.
Por outro lado, quando o professor pede para que as crianças observem a estátua de um aluno específico e chama o foco de observação delas a esses detalhes, o docente começa a incluir no jogo a plateia.
No momento, por exemplo, no qual as crianças propõem o papel para a estátua, as perguntas feitas pelo professor à plateia são primordiais para o desenvolvimento da atividade. Com esse procedimento, a criança começa a dar sentido à plateia e ter interesse em fazer parte dela.
Pense nas brincadeiras infantis tradicionais e observe como propor papéis a serem desempenhados dentro delas. Num pega-pega, por ex. que papel poderia ser atribuído ao pegador? Pense como desenvolver uma sequencia de jogos que gradativamente proponham desafios interessantes às crianças. A experiência com o teatro não pode ser um evento, mas merecer ter um espaço constante dentro da rotina das crianças.

Formação de professores
Percursos de aprendizagem: Práticas teatrais




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