Animais ajudam crianças a ter mais responsabilidade e a desenvolver habilidades sociais e emocionais
A Professora Gisele Pacola do maternal 2 período da tarde esta desenvolvendo um trabalho de conscientização das crianças com os cuidados e responsabilidade com os animais de estimação.
Os alunos confeccionaram cartazes para divulgar nas outras salas pedindo ração que sera entregue a ONG PATAS SOLIDARIAS.Falaram dos cuidados que temos de ter com nossos animais e também sobre o abandono de animais doentes e idosos.
Conviver com bichos de estimação não é só uma fonte de diversão para os pequenos.
“Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó.” Começa assim, com uma sequência de onomatopeias, a letra de Bicharia, de Chico Buarque, no musical infantil Os saltimbancos. “O animal é tão bacana”, canta o compositor logo depois. Não é difícil imaginar uma frase com esse sentido sendo dita por crianças. Cães, gatos, passarinhos, peixes. Os pequenos, em geral, adoram bichos e querem pegá-los, brincar com eles e levá-los para casa. O convívio de meninos e meninas com os pets, segundo especialistas, não provoca apenas diversão e lazer. Alguns benefícios como desenvolvimento de um senso de responsabilidade maior e a possibilidade de prepará-los emocional e socialmente são outras das vantagens que a presença de animais pode trazer.
Além disso, o contato com os animais também traz maior resistência para o organismo infantil. Algumas alergias, por exemplo, podem ser combatidas por agentes de defesa que se desenvolvem devido ao convívio com os bichos. “O contato com os pets desde os primeiros meses de vida propicia uma série de experiências imunológicas, ajudando a criança a desenvolver capacidades de defesa contra agentes variados”, afirma a doutora em psicologia e médica-veterinária Ceres Faraco. Para garantir esses benefícios, no entanto, é preciso, segundo a especialista, que os animais vivam em boas condições físicas e de higiene.
Critérios
Ceres Faraco explica que a escolha do animal depende das condições disponíveis para a criação. A família precisa ponderar a possibilidade que tem de abrigá-lo, pensar no espaço que ele ocupará, no tempo que será necessário para cuidar dele e analisar qual espécie se adequa melhor à rotina da casa. “Os fatores são a motivação familiar, o espaço, a disponibilidade de tempo, as características da vida familiar e a capacidade financeira de arcar com os custos.” Para a psicóloga Patricia Oguma, a afinidade da criança também é um fator que deve ser levado em conta. “Tudo vai depender do espaço e do interesse que a criança terá pelo bichinho. É válido perguntar para ela que animal gosta mais e qual gostaria ter. Assim, o vínculo é mais fácil.”
A presença dos animais pode ser um estímulo para o desenvolvimento dos pequenos. De acordo com Oguma, pesquisas mostram que as crianças com mais estímulos, sejam quais forem, se desenvolvem melhor cognitivamente. Por isso, a especialista explica que os animais são uma das maneiras de estimular e que não se pode dizer que crianças que não tenham convívio com eles poderão ter menos desenvolvimento. “O animal é uma ferramenta a mais, sendo um estímulo entre tantos outros que a criança possui.”
Existe hora certa?
Uma pergunta comum quando se pensa na relação entre crianças e animais de estimação é se existe idade adequada para se ter o primeiro bicho. Não há um consenso entre especialistas, mas todos concordam que, independentemente da idade, a orientação e a supervisão dos pais são fundamentais. Segundo a psicóloga e médica veterinária Ceres Faraco, o ideal é que aconteça a interação desde o nascimento, se houver condições. “A convivência, de certa forma, já ocorre naturalmente, pois o universo infantil é repleto de animais. Em qualquer idade, ela proporcionará experiências inestimáveis.”
A psicóloga Cristina Brisolara acredita que a idade ideal é a partir dos 3 anos, porque, com essa idade, a criança já possui certa independência e é capaz de entender regras. Ela concorda, no entanto, que, com a supervisão dos pais, não existe problema. “Nada impede que ela já conviva com o animal doméstico antes disso, sempre de forma assistida e cuidadosa”, afirma.
fonte: saúde plena 2013
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/11/03/noticias-saude,193545